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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

VÍRUS HIV É BLOQUEADO COM TERAPIA GENÉTICA





Uma nova terapia genética, cujos primeiros ensaios clínicos em humanos aconteceram na Inglaterra em Fevereiro ao abrigo do projecto europeu Evi-genoret, poderá prevenir em crianças e jovens a cegueira provocada por mutações no gene RPE65.
Durante um encontro promovido pela Comissão Europeia, em Paris, para divulgar os principais resultados na área da investigação de deficiências visuais e auditivas, o professor Robin Ali do Instituto de Ofratlmologia de Londres explicou que a experiência pioneira consiste na injecção do gene nos pacientes que não o têm.
Os doentes que sofrem desta alteração genética, de transmissão hereditária recessiva (os pais transmitem o defeito, mas não estão doentes), têm apenas visão central, e não a periférica e a noturna. A falta de intervenção clínica nestes casos levará à cegueira depois dos 20 anos.
Os resultados dos primeiros dois ensaios clínicos deverão ser divulgados publicamente dentro de 12 a 18 meses, mas o especialista em genética informou que até ao momento não se registaram quaisquer efeitos secundários.
A intervenção experimental aconteceu após 13 anos de investigação, mas Ali estimou à agência Lusa que os futuros avanços deverão acontecer cada vez mais rapidamente, uma vez que as bases estão construídas.
Dentro de cinco anos, o professor acredita que a tecnologia genética será um tratamento terapêutico efectivo e rotineiro que se estenderá às doenças mais comuns provocadas, por exemplo, pela idade ou diabetes.
A cegueira provocada por problemas no gene RPE65 afecta uma pessoa em cada 100 mil.
O trabalho desenvolvido por Robin Ali insere-se no projecto Evi-genoret, que integra equipes de 12 países, entre os quais Portugal, através da Associação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem.
Os principais objectivos do programa, que envolve um investimento de 13,6 milhões de euros (dos quais 10 são suportados pela Comissão Europeia) por quatro anos, são uniformizar e analisar informações desenvolvidas por 25 parceiros acadêmicos e industriais.
Validar essa informação, criando modelos, e desenvolver novas terapias biológicas e genéticas são outras das metas do projeto.
A nível global, estima-se que 50 milhões de pessoas sejam cegas e que nos próximos 20 anos esse valor chegue aos 75 milhões.
Na Europa, 15,5 milhões de indivíduos são deficientes visuais e 2,7 milhões são completamente cegos. O custo financeiro destes problemas está estimado em 100 milhões de euros por ano.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Terapia gênica cura 2 casos de um tipo de leucemia


Cientistas conseguiram, pela primeira vez, curar um tipo de leucemia com terapia gênica. Eles modificaram células do próprio sangue dos pacientes para torná-las capazes de identificar e destruir células cancerosas. Até agora, três pessoas que participaram dos testes clínicos foram beneficiadas: duas não apresentaram nenhum sintoma da doença depois de um ano de tratamento. O terceiro voluntário obteve uma melhora parcial, com diminuição do tumor. 


Todos tinham uma forma grave e avançada de leucemia linfoide crônica (LLC). A única esperança de cura seria o transplante de células-tronco ou de medula óssea, duas técnicas que oferecem um grande risco à saúde. Além disso, nem sempre é fácil encontrar um doador compatível. Os cientistas já estão preparando testes para utilizar a mesma terapia gênica em outros tipos de câncer. 


"Funcionou muito bem. Estamos surpresos com um resultado tão animador", afirma Carl June, pesquisador da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e coautor do trabalho publicado na última edição das revistas Science Translational Medicine e The New England Journal of Medicine. 


June pondera que a pesquisa terminou há um ano. Agora, é preciso verificar se os resultados são duradouros e o câncer não retornará. 


Os cientistas procuram há anos mecanismos para melhorar a habilidade natural do sistema imunológico de lutar contra tumores. Tentativas anteriores de recrutar células T - os soldados do sistema de defesa no sangue - e alterá-los geneticamente para aumentar sua eficácia não deram certo: as células modificadas não se reproduziam bem e rapidamente desapareciam. 


A equipe utilizou uma nova técnica para inserir novos genes nas células T e sinalizar que elas deveriam se multiplicar e destruir o câncer. 


Os exércitos de células T modificadas destruíram o tecido tumoral. Depois, permaneceram em alerta para matar o câncer caso reaparecesse. 


No estudo, os cientistas coletaram sangue dos próprios pacientes para obter milhões de células T. Elas foram alteradas e reinjetadas nos voluntários.


Os pesquisadores descreveram o relato clínico de um dos pacientes, um homem de 64 anos. Nas duas semanas seguintes à infusão das células modificadas, ele não notou nenhuma diferença. Depois, teve calafrios, náusea e febre: um sintoma de que muitas células cancerosas morriam ao mesmo tempo. "Foi como a pior gripe que ele já pegou na vida", afirma June. "Mas, depois, estava acabado: a leucemia havia desaparecido." As informações são da Associated Press.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Terapia Gênica – Uma Medicina Nova

Durante muitos anos o diagnóstico genético foi baseado apenas em critérios clínicos e em teste bioquímicos de produtos genéticos ou da ausência de determinados genes. Os critérios clínicos são ambíguos e muita das vezes demora anos para desenvolverem, gerando longos períodos de incerteza. Os teste bioquímicos são geralmente estudos caros, que requerem procedimentos invasivos, podendo ter resultados equívocos. Os métodos moleculares utilizados atualmente evitam esse grau de incerteza. Os avanços adquiridos na área de métodos diagnósticos genéticos impulsionaram também avanços na área de terapia gênica.
A terapia gênica é uma estratégia terapêutica que utiliza a técnica de transferência de material genético para modificar o genoma da célula-alvo "in vivo", permitindo a expressão do gene transferido. Os conhecimentos adquiridos com a terapia gênica estimularam estudos em diferentes áreas da medicina. Em cardiologia há inúmeras aplicações da terapia gênica, mas essa fascinante terapêutica tem dificuldades e limitações.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) inicialmente não seria uma patologia ideal para aplicação da terapia gênica por ser multifatorial e poligênica. Hoje há duas estratégias de manipulação gênica que podem utilizadas na reversão da HAS (1) a inserção de genes que levam a expressão de substâncias vasodilatadoras ou (2) a inibição de genes codificadores de substâncias vasoconstritoras (Hypertension 1999;33:8-13). O melhor entendimento da fisiopatologia da HAS juntamente com os avanços dos desafios da terapia gênica poderá, no futuro, tornar a HAS uma doença curável.
A aplicação da terapia gênica na doença arterial coronária (DAC) abrange o controle da hipercolesterolemia e da trombose, principalmente. Os primeiros protocolos, de terapia gênica, aplicados a hipercolesterolemia foram focados a doença familiar e mostraram uma redução de 17% na concentração sérica de LDL-colesterol após 18 meses de acompanhamento (Nat Med 1995;1:1148-54). Uma das estratégias da terapia gênica para prevenção de trombose consiste em revestir internamente o dispositivo vascular (stent) com uma camada de células endoteliais geneticamente modificadas transfectadas com o ativador do plasminogênio tecidual (tPA) humano (Circulation,1989;80:1347-53). Ainda é preciso confirmar se a produção local de tPA reduz o risco de trombose.
A angiogênese terapêutica é a administração exógena de fatores de crescimento vascular com objetivo de aumentar ou promover o desenvolvimento de vasos colaterais em tecidos isquêmicos. Losordo et al, em 1998, publicaram os primeiros resultados clínicos com o uso do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) para o tratamento de pacientes com coronariopatia obstrutiva severa (Circulation 1998;98:2800-04). Todos os pacientes obtiveram melhora clínica e laboratorial do quadro de isquemia miocárdica. Agora para que a terapia possa ser aplicada na prática clínica diária é necessário contornar as inúmeras limitações do método.
Recentemente, Strauer et al no Congresso Europeu de Cardiologia (24 de agosto de 2001) mostraram os resultados preliminares do transplante de células em seis pacientes pós-infarto do miocárdio. Após 10 semanas de acompanhamento foi observada redução de um terço da área do infarto, com a terapêutica.
No Instituto do Coração (InCor-HC/FMUSP) o Prof. Dr. José Eduardo Krieger coordena o Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular que desnvolve estudos principalmente na área da hipertensão arterial. Segundo o professor fantástico mundo da terapia gênica é fascinante, mas ainda limitado. São inúmeras as suas limitações e muitas pesquisas precisam ser feitas para que a terapia gênica possa se tornar uma realidade terapêutica.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Terapia genética reverte sintomas do mal de Parkinson



A terapia genética chamada NLX-P101 reduz drasticamente a limitação de movimento em doentes de Parkinson, segundo os resultados de um estudo de Fase 2 publicado hoje na revista Lancet Neurology. A abordagem introduz um gene no cérebro que normaliza a sinalização química.
O estudo é a primeira experiência clínica randomizada, duplo-cega de sucesso para uma terapia genética de Parkinson ou qualquer outro distúrbio neurológico, e representa o culminar de 20 anos de pesquisa e estudos dos co-autores Dr. Michael Kaplitt, vice-presidente para a investigação no Departamento de Cirurgia Neurológica do Weill Cornell Medical College e um neurocirurgião no NewYork-Presbyterian Hospital / Weill Cornell Medical Center, e também o Dr. Matthew During, inicialmente na Universidade de Yale e agora professor de virologia molecular, imunologia e genética médica, neurociência e cirurgia neurológica na Universidade Estadual de Ohio.
“Os pacientes que receberam NLX-P101 mostraram uma redução significativa dos sintomas motores do Parkinson, incluindo tremor, rigidez e dificuldade para iniciar o movimento,” diz o Dr. Kaplitt, que foi pioneiro na abordagem e ajudou a projetar o ensaio clínico. “Isto não só confirma os resultados de nosso estudo de fase 1 realizada em NewYork-Presbyterian/Weill Cornell, mas também representa um marco importante no desenvolvimento da terapia genética para uma ampla gama de doenças neurológicas.”

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Terapia gênica protege macacos do vírus da Aids


Já que o titular não funciona, a gente cria um reserva. É essa a filosofia de uma nova técnica de combate ao vírus da Aids desenvolvida por cientistas americanos. Sem poderem contar com a defesa natural do corpo, arrasada pelo HIV, eles usaram as células dos músculos para produzirem anticorpos contra o parasita. O truque deu certo --pelo menos em macacos.
A abordagem foi criada pelo grupo de Philip Johnson, da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia. Seus resultados foram publicados ontem no periódico científico "Nature Medicine".
Editoria de Arte/Folha Imagem
Johnson e seus colegas conseguiram transformar células musculares de nove macacos em fábricas de anticorpos eficazes contra o SIV, o vírus da imunodeficiência símia. Todos foram protegidos contra a Aids, e seis deles tiveram proteção total contra a infecção.
Isso não quer dizer que uma vacina contra a Aids esteja próxima, afirmou Johnson. Anos de pesquisa podem ser necessários antes que o novo conceito seja testado em humanos.
No entanto, o trabalho "mostra que há uma luz no fim do túnel", nas palavras de Beatrice Hahn, estudiosa da Aids da Universidade do Alabama (EUA). "Isso mostra que pensar fora da caixa é uma boa ideia", afirmou a cientista, que não participou do estudo.
Uma luz no fim do túnel já é um grande avanço para uma área de pesquisas que só vê frustrações desde 1983, quando o HIV foi isolado.
Centenas de vacinas já foram testadas em animais. Duas chegaram a testes com humanos em grande escala. Todas foram um fiasco tão grande que um dos pioneiros da área, David Baltimore, chegou a dizer que não havia esperança.
Isso porque o HIV é extremamente mutante e ataca justamente as célula encarregadas da produção de anticorpos.
É aqui que entra a estratégia de Johnson e colegas, que usa artilharia pesada --engenharia genética-- e criatividade.
Já que não podem contar com o trabalho do sistema imune, os pesquisadores deram um jeito de transferir a função de produzir anticorpos a outras células, as musculares.
E, já que é virtualmente impossível estimular as defesas do corpo a produzirem naturalmente anticorpos contra as inúmeras versões do vírus, o grupo americano resolveu bolar os próprios anticorpos.
Por engenharia genética, eles construíram uma série de moléculas chamadas imunoadesinas, que combinam parte de uma proteína que se liga às células e parte de um anticorpo.
Três tipos diferentes dessas "quimeras" foram então empacotados em vírus adenoassociados, que, por sua vez, foram injetados diretamente nos músculos dos macacos.
Quatro semanas depois, os animais foram infectados com o SIV. Seis outros não receberam a vacina e adoeceram após a infecção --quatro deles tiveram Aids tão grave que precisaram ser mortos. Apenas três dos nove que tomaram a vacina contraíram o vírus.
"Há alguns anos eu concluí que o HIV era diferente de todos os outros vírus e que abordagens tradicionais não dariam certo", disse Johnson. O grupo quer iniciar testes em humanos nos próximos anos.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Terapia Gênica


   Vantagens:


  • Permite curar determinadas doenças que anteriormente não tinham cura possível, 


  • Repara o sistema imunitário;


  • Mantém a imunidade existente;


  • O internamento hospitalar apenas dura cerca de 1 mês.

  •        
      Desvantagens:


  • Apresenta um curto período de duração, o que se pode dever à curta vida do vetor, à disfuncionalidade do DNA inserido nas células-alvo e/ou à rapidez da divisão celular;


  • Há necessidade do uso da terapia génica várias vezes;


  • Quando uma doença é causada por uma variação dos efeitos de vários genes e não por uma mutação apenas num gene, o tratamento é dificilmente eficaz;


  • Pode induzir um tumor se o DNA for introduzido no gene errado.

  • sexta-feira, 9 de setembro de 2011

    Terapia genética destrói tumores de leucemia em três pacientes nos EUA


    Cientistas conseguiram pela primeira vez usar com sucesso terapia genética para destruir tumores de câncer em pacientes com doença avançada - um objetivo que levou 20 anos para ser alcançado.
    Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia nos EUA usaram células T do próprio paciente para atingir uma molécula encontrada na superfície de células de leucemia.Estas células alteradas foram cultivadas fora do corpo e, então, foram reintroduzidas em pacientes na fase final de leucemia linfocítica crônica, que afeta o sangue e medula óssea e é a forma mais comum de leucemia.
    Dois participantes do estudo em fase I tiveram remissão, ou desaparecimento do câncer, por até um ano. Um terceiro teve uma resposta anti-tumoral forte, e seu câncer permanece sob controle. O grupo pretende tratar mais quatro pacientes com leucemia linfocítica crônica antes de avençar para um maior estudo de fase II.
    "Nós colocamos uma chave na superfície de células T que se encaixa em uma fechadura que apenas as células cancerosas têm", disse Michael Kalos, um investigador sobre o estudo, segundo a Reuters.
    Os resultados fornecem "um roteiro de ataque ao tumor para o tratamento de outros tipos de câncer", incluindo os de pulmão e ovários, bem como mieloma e melanoma, disseram pesquisadores.



    Nova metodologia

    A técnica difere de outras terapias que aproveitam o próprio sistema imunológico do organismo para combater tumores. "Estamos dizendo para esquecer o processo de estimular uma resposta imune. Vamos dar-lhe uma resposta imune", disse Kalos.


    O tratamento parece seguro, mas mais estudos são necessários. Para fazer a terapia genética, os pesquisadores usaram um vírus que só pode infectar as células uma vez. Cerca de duas semanas após a terapia genética, os pacientes começaram a experimentar calafrios, náuseas e febre - causada pelos produtos que levam as células do câncer à morte.

    Saiba quais as expectativas para os próximos anos sobre algumas doenças



    Antes de decifrarem o genoma humano, cientistas acreditavam que quando o fizessem a vida da humanidade estaria resolvida. Mas, embora muitas pesquisas tenham sido encaminhadas, principalmente na área da produção de medicamentos na última década, a população em geral ainda não obteve benefício direto. Cientistas apostam, entretanto, que a cura para algumas doenças, sobretudo aquelas que são crônicas esteja perto de acontecer.
    Até 2015 muitas notícias boas devem rondar a área da saúde. Com o avanço da terapia gênica e também do uso de células-tronco que corre em paralelo à genética, haverá a resposta para dezenas de indagações no meio médico. Pesquisadores estão próximos de traçar o perfil genético de cada indivíduo.
    Na prática, isso significa que um exame laboratorial dará à população a possibilidade de carregar consigo uma espécie de carteira de identidade com a decodificação de todas as partes do organismo. Com esse mapeamento, o médico terá condições de saber se o paciente tem propensão a alguma doença crônica e prevenir que ela se manifeste.

    terça-feira, 6 de setembro de 2011

    Terapia Gênica Brasileira para Problemas Cardíacos para no 1º teste


    Reportagem da Folha de S. Paulo de hoje revela que uma técnica de terapia genética desenvolvida no Brasil para combater problemas cardíacos passou no primeiro teste. Segundo a reportagem, a terapia gênica que injeta DNA em pacientes terminais mostrou resultados positivos. Os testes devem terminar nas próximas semanas e, caso os resultados sejam comprovados, o grupo deve ser ampliado. O estudo foi apresentado durante o 55º Congresso Brasileiro de Genética.
    Os 14 pacientes que participam do estudo sofrem de um tipo terminal de isquemia, que não tem opção de tratamento. Segundo a Folha, “O agente ativo da nova terapia é um fragmento de DNA que contém a receita para a produção do VEGF-165, molécula que estimula o crescimento de vasos sanguíneos. Isso atenua a isquemia, a restrição da passagem de sangue ligada a danos em veias e artérias.”

    Tags: . Blog da Terra

    sexta-feira, 2 de setembro de 2011

    Médico comenta Terapia Genética que Reverteu Cegueira.



    Cientistas da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, usaram com sucesso um tratamento à base de reposição de genes para tratar uma rara forma de cegueira. Os especialistas trataram 12 pacientes que sofriam de cegueira por alterações na retina causadas por mutações em um grupo de 13 genes diferentes.
    Os pacientes envolvidos na pesquisa tinham entre 8 e 44 anos de idade e apresentavam Amaurose de Leber. Essa doença evolui desde a infância para a cegueira e é associada a movimentos involuntários dos olhos.
    O tratamento consistiu na injeção, diretamente na retina desses pacientes, de uma combinação entre um vírus que carregava um gene capaz de induzir a produção de uma proteína necessária ao funcionamento normal da retina.
    O veículo de transporte para o material genético é um vírus atenuado, sem capacidade de causar infecção, que recebe em laboratório a adição de material genético que repõe a falta causada pela doença.
    Todos os pacientes tratados apresentaram melhora nos exames realizados para acompanhamento. Os testes objetivos e subjetivos de medida de identificação de luz e resposta da pupila apresentaram graus variados de melhora.
    Um fator importante no grau de recuperação dos pacientes foi a idade: nos mais jovens os médicos conseguiram que o olho tratado apresentasse níveis semelhantes aos de crianças normais.
    Os bons resultados se mantiveram na avaliação posterior, dois anos depois, trazendo esperança para que esse tipo de tratamento possa ser ampliado para outras manifestações de alterações genéticas que levam à cegueira.

    quinta-feira, 1 de setembro de 2011

    Utilização da Terapia Gênica




    Na maioria dos estudos a respeito de terapia genética, um gene "normal" é inserido no genoma para substituir um gene "anômalo" causador de doença. Uma molécula transportadora, chamada vetor, precisa ser usada para se enviar o gene terapêutico para as células-alvo do paciente. Atualmente, o vetor mais comum é um vírus que foi geneticamente alterado para transportar DNA humano normal. Vírus evoluíram de forma a encapsular e transportar seus genes para células humanas, causando doenças. Cientistas tentaram aproveitar essa capacidade e manipular o genoma dos vírus, removendo os genes causadores de doença e inserindo genes terapêuticos.Células-alvo, tais como células do fígado ou dos pulmões do paciente, são infectadas com o vetor. O vetor, então, descarrega seu material genético, contendo o gene terapêutico humano, na célula-alvo. A produção de proteínas funcionais pelos genes terapêuticos restauram as células-alvo a um estado de normalidade

    Curiosidade




    Na medicina :Terapia gênica apresenta uma grande esperança em tratamento de AIDS , uma vez que sucessivos testes com vacinas não tem se mostrado bem sucessicos a técnica é usado para combater o vírus do HIV, se mostrou, segundo artigo, benéfica e segura conduzida pela equipe do pesquisador Ronald Mitsuyasy, da universidade da California, o estudo apresenta resultados do teste preliminar (chamado fase 2). Eles confirmam que esse caminho de pesquisa contra o HIV é válido a fim de evitar no futuro que os soropositivos tenham que se medicar para a vida toda com antirretrovirais.

    Na Agricultura : Melhoramento das espécies via seleção das mais produtivas, o que é péssimo para a bio-diversidade (FOI A PRIMEIRA GRANDE APLICAÇÃO DA GENÉTICA JUNTO COM A PECUÁRIA DURANTE O NEOLITICO, HÁ 10.000 ANOS).

    Na policia : A partir de algum rastro do local/cena do crime, é possível coletar amostras de DNA para inocentar ou acusar alguém por algum crime. Tal como entender a propria vitima através da vitimologia.

    Terapia Gênica




    A terapia gênica (TG) é a inserção de um tratamento para doenças hereditárias que se caracteriza pela inserção de um gene funcional dentro das células humanas, a fim de conferir uma nova função de melhorar o efeito de um gene anormal .Há dois tipos de técnicas gênicas: A GERMINATIVA que se caracteriza pela introdução do material genético nos espermatozóides de ovolos, e a SOMÁTICA, pela qual se introduz o material genético em quaisquer outras células .

    Terapia Genética para o tratamento do câncer!




    Cientistas conseguiram pela primeira vez usar com sucesso terapia genética para destruir tumores de câncer em pacientes com doença avançada - um objetivo que levou 20 anos para ser alcançado.
    Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia nos EUA usaram células do próprio paciente para atingir uma molécula encontrada na superfície de células de leucemia. Estas células alteradas foram cultivadas fora do corpo e, então, foram reintroduzidas em pacientes na fase final de leucemia linfocítica crônica, que afeta o sangue e medula óssea e é a forma mais comum de leucemia.
    Dois participantes do estudo em fase I tiveram remissão, ou desaparecimento do câncer, por até um ano. Um terceiro teve uma resposta anti-tumoral forte, e seu câncer permanece sob controle. O grupo pretende tratar mais quatro pacientes com leucemia linfocítica crônica antes de avençar para um maior estudo de fase II.
    A técnica difere de outras terapias que aproveitam o próprio sistema imunológico do organismo para combater tumores.
    O tratamento parece seguro, mas mais estudos são necessários. Para fazer a terapia genética, os pesquisadores usaram um vírus que só pode infectar as células uma vez. Cerca de duas semanas após a terapia genética, os pacientes começaram a experimentar calafrios, náuseas e febre - causada pelos produtos que levam as células do câncer à morte.